Chegou a primavera, o tempo aqueceu ligeiramente, o Sol começou a mostrar-se mais homenzinho, a dar mais luz aos dias, a prolongá-los nos fins de tarde, a incrementar as cores da natureza e elas, as formigas, a carreirarem-se por tudo quanto é sítio. Descobrem o grão açúcar debaixo da arca, que o potente aspirador não conseguiu aspirar, sobem pelas paredes escorregadias de azulejo da cozinha e refastelam-se no recipiente do mel, entram na caixa do pão onde, bem guardado, está um bocado de bolo finto de Castelo de Vide, encimado por uma coroa de açúcar e banqueteiam-se naquela montanha branca. Na sala, junto à lareira, espalham-se, como veraneantes na praia, diante do cesto da lenha: devem andar a "snifar" o cheiro da resina de pinheiro, porque eu não vejo lá nada que lhes possa interessar. Só se forem raspas do chocolate preto que está na prateleira dos livros!
São uma praga, saem de qualquer buraco do chão, de qualquer fenda na parede, como se andassem a corroer os alicerces da casa numa tentativa de a desmoronar, tantos os milhares ou milhões de galerias que estes insectos minúsculos escavam ao construírem o seu mundo subterrâneo.
E lá fora, com o sol a aquecer a terra, a cigarra a cantar, contente da vida.
Acho que o Esopo e o La Fontaine não tinham totalmente razão: a formiga trabalha, não há dúvida, mas estraga o sossego, as provisões, as casas dos outros, ao passo que cigarra canta e encanta com a sua música, não chateia e leva a vida a sorrir.
E levar a vida muito a sério não leva a nada: implica sacrifícios, pagamento de impostos, que não vão melhorar a saúde de ninguém, nem a educação dos jovens. Os impostos vão servir para pagar o rendimento social de inserção, a uma malta que não faz nada mas que vai votar PS, e os ordenados e indemnizações chorudas dos "boys" do sócrates que, também, por obrigação do tacho votam PS. E para pouco mais servem. O resto do dinheiro vai-se buscar ao estrangeiro e aumentar assustadoramente a dívida pública externa.
E então? Formigas ou cigarras?
E levar a vida muito a sério não leva a nada: implica sacrifícios, pagamento de impostos, que não vão melhorar a saúde de ninguém, nem a educação dos jovens. Os impostos vão servir para pagar o rendimento social de inserção, a uma malta que não faz nada mas que vai votar PS, e os ordenados e indemnizações chorudas dos "boys" do sócrates que, também, por obrigação do tacho votam PS. E para pouco mais servem. O resto do dinheiro vai-se buscar ao estrangeiro e aumentar assustadoramente a dívida pública externa.
E então? Formigas ou cigarras?
2 comentários:
Viva a cigarra! Nosso lado formiguinha deve ser controlado... ou vamos morrer de tédio!!!
Beijos
Ana Hertz
Canta cigarra ! Poraquitenho uns milhões de formigas ,daspequeninasquepicamselhes passamos por cima e quesão fanáticas e obsecadas emme destruir todos os caminhos , me invadem e destroem os canteiros....e um ou dois abencoados paresde cigarras que me encantam as noites . Senãofossem as cigarras desta vida que tédio seria!
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