quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Final do Ano

Hoje foi o meu último dia de trabalho de consultório, de ver doentes, de ouvir queixas, da tosse, da gripe A, das vacinas, da ida aos serviços de urgência, de tudo...
Amanhã, dia 31, é altura de pôr em ordem o que ficou desarrumado deste ano. A principal tarefa vai ser a de arrumar a vida e tentar colocá-la em ordem para o dia 1, o meu dia D, o dia que, cada ano, vai marcando o meu futuro.
Confio em Deus!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A Quinta, de novo!

Hoje a Ginja estava impossível. Vi-me e desejei-me para a meter no canil. Lá consegui enganá-la com os biscoitos atirados, um a um até ao lajedo da porta de entrada. O Fred obediente, mantinha-se sereno, expectante a ver no que aquilo ia dar. A Ginja está, de novo, a largar o pêlo, parece também que anda meia saída... O Fred continua de aspecto óptimo e muito carinhoso.
Tem chovido imenso, as ribeiras espalham-se pelos campos, os terrenos são mais charcos que pastagens, o gado procura os lugares mais elevados e a Quinta parece ter-se transformado numa maternidade de água, tantos os locais por onde ela brota. A casa escorre humidade nas paredes, o chão está escorregadio...
Os Reis Magos do Presépio estão mais próximos, uma estrela, enorme, paira no ar sobre as suas cabeças e eles lá vão, prosseguindo na sua senda, a levar o ouro, o incenso e a mirra, traduzidos em aconchego, em amor e devoção e em coragem para enfrentar os momentos menos bons. É o que se pede para este 2010 que aí vem... a prometer o que a esperança nos pede... e eu que gostaria de ter as prendas dos Magos...

domingo, 27 de dezembro de 2009

Passou o Natal

Entrámos na contagem decrescente, o tempo a passar e a esgotar-se... o fim do ano a chegar e a promessa de outro. Melhor, igual, pior? Eu vivo a esperança de um renovar de vida, de um recomeço diferente, de entrega total, de cumplicidades, de tudo o que a vida pode dar de bom.
Espero e aguardo ansioso, cheio de esperança, que o tempo que pediste seja o da renovação, o do querer, o do desejar...
Se Deus quer... ou quiser...

sábado, 26 de dezembro de 2009

Black Friday

A exemplo do que se passa em Inglaterra, o El Corte Inglez daqui, também tem o seu "boxing day" - a "black friday" - que este ano foi num sábado e se prolonga por amanhã: uma sexta-feira negra que afinal é um sábado e não dura um, mas dois dias... é sempre assim, nada do que se diz ou afirma corresponde à verdade.
Tive o azar de ter de ir ao El Corte Inglez arranjar uma correia de um relógio e, sem saber disso da sexta-feira negra, fui engolido por uma multidão que avançava tipo Tsunami por aqueles corredores dentro... Aquilo funciona um pouco diferente do boxing: são distribuídos lotes de roupas, de televisões, de camaras fotográficas, etc a diferentes horas do dia com um desconto de 50%.
Uma loucura e sinal que o dinheiro não é tão pouco como isso. Não sei onde o inventam, ou o descobrem, mas este Natal, apesar da crise, gastou mais dinheiro do que o ano passado.
Afinal o Sócrates tem razão... vivemos num mar de rosas! O problema é que a vida das rosas é efémera, embora o aroma possa persistir e sobretudo a recordação delas. Por isso os portugueses insistiram no voto socrático... espero que agora estejam bem arrependidos...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Dia de Natal

Já nasceu o Menino! Já renasceu a Esperança de nova vida, de mais Paz, de mais Amor, de mais Compreensão.
O tempo frio deste Natal pede abraços quentes, pede ternura, pede beijos de consolo, exige Amor.
Que nós saibamos reencontrar os caminhos de Vida e assumirmos perante nós mesmos o cumprimento do comprometimento.
Fico ansiando sem tranquilidade, mas com perseverança, esta chegada. A tua! O teu regresso!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O regresso


O regresso foi complicado! O mau tempo pela Europa levou a atrasos nos aviões e atrasei, em quase 12 horas, o meu regresso. O aeroporto aglomerava-se de pessoas, com filas para tudo, comer, comprar, até para os sanitários. Chegado, finalmente.
Ontem fui até à minha cidade, à bica no Diamantino, aos meus cães, cada vez mais bonitos e obedientes, ao cumprimento a alguns amigos, onde incluo o sr. Andrade, uma passagem pelo consultório, deixar umas prendas, saber do Zé Pedro que foi ia ser operado nesse mesmo dia, uma visita ao meu amigo Emílio com um arranjar das flores tombadas pelo vento e um conversar rápido sobre a vida.
Passei o resto da manhã e da tarde na Quinta, a gozar o espaço, a aquecer a casa com o conforto de uma lareira acesa, a montar um presépio com Reis Magos atafulhados de promessas de vida.
Oxalá tudo se cumpra!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Outras terras


Andei por fora uns dias. Meti-me num avião e fui parar a outra terra, onde senti o frio do norte, a chuva gelada a bater na cara e, por fim, contemplei o espectáculo único de um nevão forte e duradouro. Foi à noite! À saída de um concerto de Natal, lindo, cantado por um coro de homens ainda jovens, alunos de uma escola de canto de uma prestigiada universidade. A neve caía forte, franca, atapetando os relvados, uniformizando as ruas, que logo eram riscadas pelos sulcos dos carros. O caminho até ao hotel foi feito de um caminhar fofo de neve ainda macia, mas alta. A noite encheu de magia os meus sonhos e trouxe-me as recordações da minha infância, do frio agreste da Serra da Estrela, dos nevões fortes em casa dos meus avós, dos bonecos com nariz de cenoura, do patinar no terraço totalmente gelado.
Estes dias que andei por fora foram bons, lavaram-me a alma, encheram-me o coração de alegria e, sobretudo, passeei por sítios bonitos!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

FRIO

Chegou o frio, silenciosamente, a coberto da noite. A cidade, à hora a que saí de casa, ao bater das sete, tiritava, encostava-se aos prédios para sentir algum calor e deixava desertas as ruas e avenidas.
Pouco a pouco a cidade foi despertando em carros de vidros embaciados, a fumegar dos escapes, em pessoas de agasalhos de inverno, de botas quentes e gorros na cabeça...
 
O curioso é que, ainda ontem, ao princípio da tarde, essas mesmas PESSOAS se passeavam despreocupadamente a aproveitar uma primavera que teimava em espreitar deste outono. Mas a MENSAGEM das rádios era a de que o frio, sob a forma de uma frente siberiana, avançava em força.
 
Chegou a horas!

domingo, 13 de dezembro de 2009

SOL DE INVERNO

A cidade acordou tarde. O sol chegou devagar mas bom, forte, a emprestar uma luminosidade especial - um céu sem nuvens , sem os nevoeiros que parecem lençóis a pedir mais uns minutos de cama, sem a humidade que se cola ao corpo e às coisas - cores definidas, limpas, e um frio agradável, a pedir o o bem-estar ao sol.
A bica forte e amarga, no Diamantino, já quase cheio de gente de fora, das excursões dos sábados.
A ida ao mercado para comprar flores brancas e amarelas com destino certo de muitas saudades.
A rua do comércio cheia de comerciantes à porta das lojas a ver passar pessoas apressadas, com a pressa de irem cedo aos centros comercias, fazer as compras que esta época quase exige. A cidade a parar, a morrer devagarinho, tristemente.

A QUINTA

Estava escura, sem uma luz, sem barulhos sem os ladrares da Ginja e do Fred, que se quiseram associar ao silêncio.
A lareira, adormecida, com um tronco meio queimado a pedir lume, a pedir chama, irradia ausências, arrefece mãos que procuram calor.
O quarto frio, enorme, e a cama enorme, vazia e fria.
O amanhecer foi cedo. Um amanhecer a prenunciar sol. Os cães despertos, em correrias sem destino, em ladrares fortes às ovelhas do vizinho, vieram dar o seu cumprimento a pedir as festas do bom dia. Estão lindos, estes cães. Mais obedientes e mais tranquilos.
E a Quinta linda! pincelada de milhares de folhas pintadas pelas cores do Outono de múltiplas matizes , ainda com frutos maduros, os dióspiros e as romãs, que persistem agarrados ao tronco que ainda lhes sopra um pouco de vida, e milhares de cogumelos que crescem em força por todo o lado. O ar cheira bem, respira-se melhor.
Que bom estar aqui!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Espírito de Natal

O Natal, o verdadeiro Natal, não é feito de pinheiros ou de outras árvores, não é feito de figuras de velhos com barbas brancas e fatos vermelhos, é feito de Presépios, de muitos presépios, uns mais ricos outros mais pequeninos e pobres. Mas, sempre, o Presépio representa o verdadeiro espírito do Natal: o Menino que nasce.
O presépio deve ser completo, humanizado em figuras verdadeiras: seja um Menino Jesus ao colo ou nos braços da mãe a mamar, seja de outra forma, mas sobretudo no amor infinito que deve transbordar para todos e de todos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Chuva de outono

Outono...
Majestosa chuva em nós caída!
Terra molhada, prenúncio de vida!

Outono frio

Este Outono frio e agreste semeando encanto na planície abandonada, veste-a com seu manto branco, qual noiva para seu amado adornada.
Alentejo gelado, brancura, beleza dos sentidos, exaltação! Frio fugaz que nos traz o convite ao recolhimento, à paixão.
É a natureza, em casta singeleza, a cumprir a sua função.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

1.º de Dezembro

Um dia sombrio, mal acordado, ainda cinzento chumbo. A restauração que não se faz... uma restauração que se afunda em mentiras, fraudes, mal estares, incompreensões.

BLOGGETROTTER

Viajante do mundo? Percorredor de ideais? Procurador de verdades? Buscador de sonhos?

Sei lá!

Gosto de soltar as asas da minha imaginação e deixar-me ir voando sem rumo, por aqui e por ali, ao sabor dos meus sonhos, dos meus anseios e percorrer mundos irreais, utópicos, vivendo momentos de realidade efémera e que são frutos de experiências já acontecidas.
As vivências de outros locais, de outras terras e de outros países por onde andei, deixaram marcas que foram moldando o modo como vou vendo e analisando as realidades do mundo e, sobretudo, as do meu país. Mas, também, permitiram fixar momentos e situações que se guardam em recordares saborosos, caricatos, quase anedóticos, que tento, às vezes, expressar em contos ou histórias.