Chegou o frio, silenciosamente, a coberto da noite. A cidade, à hora a que saí de casa, ao bater das sete, tiritava, encostava-se aos prédios para sentir algum calor e deixava desertas as ruas e avenidas.
Pouco a pouco a cidade foi despertando em carros de vidros embaciados, a fumegar dos escapes, em pessoas de agasalhos de inverno, de botas quentes e gorros na cabeça...
O curioso é que, ainda ontem, ao princípio da tarde, essas mesmas PESSOAS se passeavam despreocupadamente a aproveitar uma primavera que teimava em espreitar deste outono. Mas a MENSAGEM das rádios era a de que o frio, sob a forma de uma frente siberiana, avançava em força.
Chegou a horas!
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