O Arco Íris que apareceu no fim da tarde de domingo em Lisboa quase abrangia a cidade toda.
Visto do Marquês de Pombal parecia ter início no Saldanha e ia cair no Tejo para o lado do Cais das Colunas.
Um arco enorme, bem desenhado, com as cores bem visíveis, espessas e constantes.
Tinha acabado de sair de uma Missa de Acção de Graças, com muitas crianças, algumas mesmo muito pequeninas que, no final da mesma, se reuniram à volta do celebrante - no estilo de um "deixai vir a mim as criancinhas ..." - sentadas pelo chão do altar, para escutarem uma passagem do Evangelho, contada de modo a que crianças entendessem, sobre um pacto que Jesus Cristo estabeleceu com Simão Pedro, à margem do lago de Tiberíades, sobre o Amor e Dedicação.
E este arco, que assim me surgiu pela frente, fez-me lembrar o Arco da Aliança, aquele que apareceu logo após o dilúvio, no momento em que a Arca de Noé se quedou no Monte Ararat. Nessa altura, Deus fez um pacto com Noé e prometeu-lhe que nunca mais tornaria a inundar a Terra daquela maneira. Mais, disse que, sempre que chovesse, o Seu arco iria aparecer entre as nuvens para lembrar este pacto estabelecido entre Deus e os viventes da terra.
De facto a Terra nunca mais ficou inundada daquela maneira, mas a verdade é que tem havido muitas inundações por todo o lado, com muito sofrimento, muitas mortes, muito desespero. E, se não é a chuva, são os tremores de terra, são os vulcões a cuspirem lava pulverizada pelos céus da terra criando nuvens avassaladoras de negritude, de tapares de sol, de impedimentos de voos.
Uma forma de avisar o homem que o Deus-Natureza é quem comanda os destinos? Ou que os homens na afã da ganância, do dinheiro e do poder esqueceram a importância do Amor e de valores como a Amizade, a Verdade e a Dedicação às causas?
A Natureza vai deixando avisos. Estamos preparados para os entender?
1 comentário:
Não!
Veja a história da humanidade, os deuses e os Homens nunca se deram muito bem.
Zeus ficou todo chateado quando os Homens pararam de orar, ou melhor de venerar os deuses, insatisfeitos com as catástrofes e mortes de seus entes queridos.E veja lá no que deu... O Olimpo foi destruído, e os Homens continuaram a ter as catástrofes e mortes, portanto, não aprendemos mesmo.
Beatriz Morcego
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