domingo, 25 de abril de 2010

CALEIDOSCÓPIO

O nome vem do Grego: bonita (kalos) imagem (eidos) para se olhar (scópio). E, de facto, não serve para mais nada: ver imagens coloridas, em combinações variadas e variáveis, sempre que se roda o tubo por onde espreitamos. 
A concepção é fácil: três espelhos, ligados entre si, um tubo onde se colocam estes espelhos, e pedaços de vidro colorido que se reflectem, simetricamente, nos espelhos criando combinações de imagens agradáveis e de belo efeito.

Com materiais simples se consegue fazer um, fácil, também, de se construir e capaz de criar um mundo de imagens, sempre diferentes, geometricamente perfeitas.

Parece o mesmo com muitas coisas que este governo, o sócrates (não o filósofo grego, que esse escreve-se com maiúsculas) e o partido socialista nos querem meter pelos olhos a dentro: criar ilusões de belo efeito, harmonicamente correctas, que se modificam com o mudar das circunstâncias, e que encantam qualquer pessoa menos atenta. Tem sido  assim com muita coisa desta política de enganos, de mentiras, de opulência para alguns, de corrupções, de imensas injustiças, de tribunais que funcionam mal e, pior que isso, não condenam quem deviam condenar, de políticas de saúde que degradam, cada vez mais, a assistência à doença, de escolas que não educam nem formam cidadãos capazes, de um tudo de nada, sempre para pior.

Foi nisto que transformaram o 25 de Abril: um enorme CALEIDOSCÓPIO!

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