É sempre assim, cada vinte e oito dias, mais alguns minutos ou horas, lá aparece este círculo redondo. A Lua Cheia, claro. Sem luz própria, a pedi-la emprestada ao sol.
Em cada ciclo mingua e desaparece, e depois volta a crescer até ficar de cara redonda. Sempre assim, mês a mês, ciclo a ciclo.
Fica particularmente bonita quando aparece por detrás da serra, a emergir da encosta cheia de árvores, criando efeitos de sombras chinesas, pontiagudas. Tem noites especiais em que brilha intensamente, tão límpida e luminosa que quase parece um sol, o sol da noite!
Dizem que tem buracos, duendes, um São Jorge a cavalo, um homem com um molho de silvas às costas, que tem bruxas, que à sexta-feira liberta os vampiros e os lobisomens, que a roupa posta a secar ao luar da lua cheia, depois de vestida, deixa manchas no corpo.
Não há dúvida que a lua desperta magia e encanta. Será por ser mulher? Ou porque reflecte a energia que lhe vem do seu homem-sol que lhe faz abrilhantar, nesta altura, os encantos que ela esconde durante o resto do seu ciclo lunar?
1 comentário:
É cá dentro de nós que está o São Jorge... os duendes... as bruxas. E lá ela está a compartilhar o plano celeste com o sol.
Quando ela vem nos visitar, maior encanto não existe que as noites de luaR
;)
Beijo.
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