O dia tinha alvorado com chuva, não daquela grossa e pesada, mas da outra, da miudinha, pegajosa, molhada, insistente, apesar de tudo, pouco convincente.
Foi chuva de pouca dura.
O sol, esse, faz lembrar aquele anúncio das pilhas: dura, dura, dura... e lá apareceu, a espreitar por entre as nuvens, a afastá-las com decisão e a deixar o dia feliz. E ainda bem, porque o sol alegra, ilumina, aquece e dá cor.
Mas o outono não pode ser só sol.
O outono precisa de dois ingredientes: da chuva e do fresco. São as oliveiras a pedi-los para agora, quase em vésperas da apanha da azeitona, os campos que começam a ficar sequiosos de água, e com necessidade de se prepararem para a semeadura, a água que é precisa para infiltrar bem a terra e criar as suas reservas subterrâneas.
E a manhã foi assim: acordou com chuva e acabou em sol.
É também esse um dos encantos desta época: a imprevisibilidade do tempo, sem rotinas, ausente de estereótipos, livre de regras e de determinações.
Como um livre pensador, descomprometido, aberto... de verdadeiro "free mind".
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