terça-feira, 5 de outubro de 2010

DOÑANA

Acordou cedo, em dia de sol a esquecer a tempestade da véspera. Parece que o governo não foi na enxurrada e que tudo vai continuar na mesma, ou pior.

Um destino, Espanha, um local, o Parque Doñana. Passagem por Huelva e El Rocio. E, logo adiante, a Puerta del Acebuche.

Um parque enorme, feito de diferentes territórios: as dunas, os cotos, as marismas - as mais atractivas em termos de fauna.

Um parque quase plano, quase ao nível do mar, cheio de dunas suaves, de vegetação rasteira, de lagos e lagunas.


A fauna é muito rica, em particular nas marismas: águias, garças, colhereiros, patos, narcejas, cegonhas, tartarugas, cavalos, javalis, cervos e... o célebre e fantástico lince ibérico (não avistado!).

Este Parque merece uma visita com tempo, é extenso e com muitas áreas de atracção. Uma visita longa ou várias em diferentes épocas do ano. Na primavera, com a profusão de animais, com as aves em nidificação, com os lagos e lagunas cheios de água. No outono, a servir de apoio e descanso às aves migrantes, do norte da Europa, que vêm passar o inverno neste local, ou às que partem em direcção a África à procura de zonas quentes.

Um parque enorme, imenso, à dimensão de um país que sabe preservar as suas reservas naturais, que protege, cada vez mais, os seus ecossistemas. 

Será por ser uma monarquia, ou porque não gasta os parcos recursos que tem em comemorações centenárias  e exorbitantes de repúblicas e de escolas?

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