"Ver as coisas até ao fundo...
E se as coisas não tiverem fundo?" (Álvaro de Campos)
Ele bem olhava,
deitou-se mesmo na borda daquele poço,
esteve ali horas,
a olhar e sem ver nada,
sem ver o fundo,
só o escuro, só o breu.
Mas tinha,
tinha fundo,
estava lá,
só que ele não o via.
Esqueceu-se,
ou não sabia,
que se houvesse luz,
ou se fosse de dia,
o fundo aparecia.
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