terça-feira, 10 de agosto de 2010

DIÁRIO DE BORDO (2)

A noite foi tranquila, um ou outro barco de pesca, ao longe, e o amanhecer amaciado por um véu de nuvens rubras, cheias de poeira do deserto, que despejaram uma chuva branda rica de um pó avermelhado que ficou agarrado na superfície do barco e das velas, que se tingiram de rosa!

Onda larga, cavada, a permitir uma viagem "soft". Pequeno almoço substancial a tornar-se na principal refeição do dia. O resto do dia perdeu-se no afinar das velas, sem necessidade de mudança de rumo, em apanhar sol, dormir, ler, e muita conversa. O banho de mar, a mais de 50 milhas da costa foi espectacular. Uma sensação estranha de solidão e companhia, de poder sobre as águas e de fragilidade frente à enormidade do oceano.

A pesca ao corrico não deu nada. O peixe deve ter fugido destas águas tranquilas e quentes.

Preparação para a noite, com distribuição dos quartos, de 2 horas cada. 

Ligação ao satélite para ler os mails, enviar correspondência imprescindível e esta crónica.

A noite arrefece sempre bastante.

É a máxima: o mar é frio, húmido e salgado!

Sem comentários: