domingo, 11 de julho de 2010

A FITA

Fora uma baiana que lha colocara no pulso, dera-lhe os sete nós e a recomendação de não a tirar, era azul escura, e a fita ali ficou no braço, na esperança não sabia bem de quê.

De felicidade?

De dinheiro?

De sucesso?

Os nós acabaram por se desfazer e hoje, ao fim da tarde, depois de toda a gente, quase, abandonar a praia foi até à beira-mar, de pé descalço, de branco vestido, não fosse a Iemanjá  por ali aparecer, e esperou pela sétima onda. Lançou a fita já meio desbotada e o mar a engoliu.

Não sabe se ficou mais feliz, mais rico de certeza que não e, quanto ao sucesso, não deu por nenhum aplauso.

Mas uma coisa foi ganhando ao longo deste tempo: segurança, maturidade, tranquilidade e, sobretudo, a sentir-se bem consigo mesmo.

Só teve que agradecer senhor do Bonfim!


1 comentário:

Anónimo disse...

A ESPERANÇA E A FÉ NOS FAZ ACORDAR TODOS OS DIAS E ACREDITAR, MAS NÃO SOU DE RELIGIÃO NENHUMA. " SOU DE UMA RELIGIÃO UNIVERSAL QUE SÓ OS HOMENS NÃO TÊM"