terça-feira, 6 de dezembro de 2011

MÃOS

MÃOS

"Côncavas de ter
Longas de desejo
Frescas de abandono
Consumidas de espanto
Inquietas de tocar e não prender"

Sophia de Mello Breyner Andresen - Obra Poética - Intervalo III


(imagem da net)


Naquela tarde em que surgiste
As mãos,
Ávidas de dar consolo,
Tocaram inquietas 
O teu corpo
Que se abandonou,
Em desejos,
Às ternuras frescas e longas
Guardadas na concavidade 
Das minhas mãos.



2 comentários:

Anónimo disse...

Poemas e poemas. Palavras de sentires com muitos sentidos!

Beijinhos

Carlota Pires Dacosta disse...

Um breve toque da minha mão
Um desejo escondido
Toque esse, desejo de paixão
Amar, amar-te. Perdido...

Um miminho para o feriado.