- Desta vez é a última! Não vou pedir mais um ano. Desta vez não vou dizer até à próxima, vai ser um a Deus de verdade! Oxalá ELE permita!
E lá saiu, devagar, com a sua bengala, no seu passo inseguro, no seu passo trôpego...
Noventa e quatro anos e uma bronquite, nada mais, além do cigarro, o seu único vício, o seu maior prazer.
Nos últimos anos, cada vez que vinha à consulta, apenas dizia: - Só vou pedindo um ano de cada vez, na minha idade...
Mas desta vez não foi assim. Saiu sem olhar para trás, sem qualquer tipo de comoção...
A lágrima, porque houve uma lágrima, escorregou lentamente na minha face.
Hoje foi a missa do sétimo dia. O momento apropriado para, definitivamente, lhe dizer o meu Adeus!
1 comentário:
Em qualquer idade, é sempre terrível o adeus final.
Um beijo amigo
Berta
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