Entrou-lhe em casa de mala cheia, dois sacos de viagem, um ar ansioso, chorado, cansado, desesperado...
Saíra de casa, largara a vida que tinha, o sofrer constante, as agressões verbais, o esconder de conversas, as variações de humores, as justificações, a angústia do viver assim.
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Entrou-lhe em casa a pedir-lhe apoio, suporte, encosto. Precisava de um local, de um abrigo, também de um ombro mas, sobretudo, de sair daquele mundo, daquela vida...
Saíra de casa com a sua roupa, alguns livros, o computador e um atestado médico, passado na véspera, para justificar as ausências próximas ao trabalho.
Entrou-lhe em casa à procura de paz, da paz que ela tanto tem procurado, a paz que, finalmente, ali ia encontrar...
3 comentários:
Compreendo.
Que bom deve ser poder contar com um ombro amigo. Há cada vez mais necessidade de compreensão e ternura, e não é só por ser Natal! Texto muito real.
Beijos
Berta
Como diz a Carlota, percebo bem...
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