quinta-feira, 22 de setembro de 2011

AVARIAS

Ontem foi o telefone, hoje foi o leitor de CD's que deixou de tocar e, há três dias, tinha sido o automóvel que ficara sem bateria.

Isto, sem falar da máquina de lavar louça que deitou a água toda para fora e ele passou uma boa hora de esfregona na mão a limpar tudo, ou do tubo do aspirador que se rompeu e, ainda, do chuveiro do duche que se entupiu!

Eram coisas a mais.

A verdade é que, bem vistas as coisas, tudo estava a ficar velho e com grande desgaste. Ainda por cima ele não era muito amigo de fazer manutenções.  O carro era a única coisa que levava à oficina para fazer as revisões.

Daí, não se ter admirado muito quando as avarias começaram a aparecer. Só achou estranho ter acontecido, quase tudo, de uma só vez...

Até nele próprio, que apesar da idade, se sentia ainda um jovem, começou a notar que já estava a ficar cheio de avarias: ora era o joelho que doía e quase prendia o movimento da perna, ora eram os olhos que, sem aviso, ficavam vermelhos e com imensa comichão, ou as taquicárdias que apareciam do nada, ou a sensação de peso nas pernas que se tornavam "chumbo" e, ainda, aquele catarro imenso, de fumador, que o obrigava a tossir, quantas vezes no meio de um concerto... 

Há tempos para tudo... até para as avarias!




1 comentário:

Anónimo disse...

Se calhar foi a vida que avariou...

Beijos
Berta