Ontem foi o telefone, hoje foi o leitor de CD's que deixou de tocar e, há três dias, tinha sido o automóvel que ficara sem bateria.
Isto, sem falar da máquina de lavar louça que deitou a água toda para fora e ele passou uma boa hora de esfregona na mão a limpar tudo, ou do tubo do aspirador que se rompeu e, ainda, do chuveiro do duche que se entupiu!
Eram coisas a mais.
A verdade é que, bem vistas as coisas, tudo estava a ficar velho e com grande desgaste. Ainda por cima ele não era muito amigo de fazer manutenções. O carro era a única coisa que levava à oficina para fazer as revisões.
Daí, não se ter admirado muito quando as avarias começaram a aparecer. Só achou estranho ter acontecido, quase tudo, de uma só vez...
Até nele próprio, que apesar da idade, se sentia ainda um jovem, começou a notar que já estava a ficar cheio de avarias: ora era o joelho que doía e quase prendia o movimento da perna, ora eram os olhos que, sem aviso, ficavam vermelhos e com imensa comichão, ou as taquicárdias que apareciam do nada, ou a sensação de peso nas pernas que se tornavam "chumbo" e, ainda, aquele catarro imenso, de fumador, que o obrigava a tossir, quantas vezes no meio de um concerto...
Há tempos para tudo... até para as avarias!
1 comentário:
Se calhar foi a vida que avariou...
Beijos
Berta
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