domingo, 25 de setembro de 2011

CATAVENTO

Como o nome indica, cata o vento. 

Não é mais do que um aparelho que capta a energia do vento para produzir trabalho.

Os mais conhecidos e mais universais eram os moinhos de vento que se usavam, quer para extrair a água dos poços ou das cisternas, quer para moer os cereais e produzir farinha.  Esses cataventos quase desapareceram e, actualmente, não são mais do que peças de arqueologia industrial e artesanal.

Os novos cataventos, os que se vêem por ai, são essas enormes torres eólicas construídas para produzir electricidade, uma electricidade "limpa" que "suja" e esborrata a paisagem das nossas serras e montes.

No fundo, quase todos aproveitam a energia dos ventos para produzir diferentes formas de trabalho.

É que há cataventos que não produzem qualquer trabalho: são colocados no alto das chaminés, e por ali ficam, girando ao sabor do vento e apontando, sempre, o lugar donde ele vem.

(Fotografia do autor)

Estes cataventos, de repente, fizeram-me vir à lembrança, ou à cabeça, uns cataventos em forma de gente e que são conhecidos como os cabeças-de-vento, os cabeças-no-ar, os cabeças-ocas, cabeças-leves, os cabeças-de-alho-chocho ou, ainda, os cabeças-de-abóbora. A verdade é que todos têm cabeça, mas o cérebro, esse, é do tamanho dos miolos do galo que encima o meu catavento e, também quase não produzem trabalho. Mas dar trabalho, isso, quase todos dão!

1 comentário:

Anónimo disse...

Hummm.. eu conheço pessoas com menos miolo do que o galo que teme o caracol. Juro!

Beijos
Berta