O acordar, hoje, fora diferente, com o sol a entrar-lhe pelo quarto, com força, e a despertá-lo de um sonho ruidoso e complicado.
Suado, e manifestando uma certa ansiedade provocada pelo sonho e pelo despertar, foi tomar um duche retemperador.
Ensaboou-se demoradamente deixando-se ficar naquele correr de água sobre o corpo durante um tempo longo e, quando terminou, enrolou-se na toalha de banho e sentou-se na borda da banheira até se sentir seco.
Resolveu não fazer a barba.
Vestiu uma roupa leve, tomou o pequeno almoço na varanda: uma torrada de pão integral com manteiga e doce de abóbora, um sumo de frutos vermelhos e um café sem açúcar, mas mexido com um pau de canela.
Foi ver os cães, colheu duas pêras já maduras da árvore junto ao tanque da mina e foi sentar-se na cadeira de encosto debaixo da figueira velha.
A temperatura amena, o sol filtrado pelas folhas largas da figueira, o cheiro adocicado dos frutos da árvore e os sons tranquilos daquele lugar convidaram-no a fechar os olhos, deixando-o adormecer tranquilo, desta vez sem sonhos, sem ruídos, sem complicações e sem ansiedade.
Acordou passava do meio dia, como se fora o despertar de uma noite que acabou de acontecer...
Sem comentários:
Enviar um comentário