Começou o regresso, lento como convém, para que deixe ficar as saudades bem calcadas e bem empacotadas.
Como o empacotar das roupas nos sacos, o arrumar do computador na pasta, o guardar da máquina fotográfica no estojo, o fechar da "Cidade de Ulisses" com o marcador na página 29, o encerrar das escotilhas do barco.
Depois, a última verificação às velas e aos cabos, o assegurar da boa colocação das defensas e, de sacos às costas, deixar o último olhar.
O caminhar lento pelo cais, o arrumar da tralha no carro, um café, agora saudoso, na esplanada do Aqvavit e o partir.
O sol, também, a não querer ir embora, a não querer mergulhar na noite e deixar-se ficar, quase quieto, quase parado, como que a despedir-se, também...
(Vilamoura - Agosto de 2011) |
mnmn
2 comentários:
Curiosamente, há despedidas boas.
Beijos
Berta
Despedidas assim também quero! Dessas que podemos empacotar e guardar!
Gostei!
Beijos.
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