sábado, 13 de agosto de 2011

ESBURACADO

Avistava-se bem, ao longe.

No alto do cerro, no alto da vila, de presença marcante, a impor a sua força, a guardar território, a defender-se dos mouros, dos castelhanos, dos invasores, dos assaltantes.

As ameias bem recortadas, a porta imponente, os muros grossos e altos deixavam antever uma praça-forte importante, cheia de história, a recordar batalhas, invasões, cercos... 

E o terreiro interior a deixar a imaginação a recriar vidas, vivências, mercados medievais, lojas de artesanato, prontas a chamar e a cativar os turistas (poucos!) que o visitassem.

Mas a imagem do que viu transportou-o, não para uma feira medieval, junto a uma banca de queijos, mas para dentro de um, daqueles bem esburacados, com o cheiro forte, apelativo, mas quase sem nada para comer, só com a casca de fora.

(Castelo de Mourão)
 Pobre castelo, pobre país!



1 comentário:

Anónimo disse...

O castelo está como o país: - em ruínas e cheirando mal como o tal queijo de que fala...

Beijos
Berta