Estão no ponto!
A árvore carregada, alguns já quase podres de maduros, a maior parte na altura certa para serem colhidos e uns poucos, ainda, em estágio para a colheita.
Dizem que são originários da China tendo sido posteriormente levados para o Japão e a Índia. Sempre os conheci por cá e sempre os apreciei.
Na China o Dióspiro é conhecido como "alimento para os deuses".
Para mim é sempre um fruto especial, não só pela cor alaranjada de diferentes matizes, mas também pela consistência da polpa, que é mole e parece ser feita de uma gelatina a desfazer-se, como pelo sabor único de tão adstringente que é, principalmente se ainda não estão totalmente maduros. A boca fica encortiçada ou "amarrada" tal a adstrigência do fruto.
O meu avô ensinou-me a comê-los com canela em pó. Acentua-lhes o sabor e corta-lhes o acre que quase faz encortiçar a língua e a boca.
Comem-se à colher e não precisam de açúcar.
São uma delícia!
Além do mais são ricos numa série de coisas: vitaminas (vitamina A), sais minerais (potássio), mucilagem e pectina, oligoelementos e outros nutrientes que os tornam especiais e aconselhados. O que lhes dá o tal sabor adstringente e quase amargo é a grande quantidade de taninos que possuem. Mas não me vou alongar nas virtudes e vantagens em comer este fruto especial.
Os dióspiros, acho que no Brasil se chamam caqui, pois é deles que estou a falar, são como tudo na vida: há quem goste e quem não goste, quem se delicie ou quem sinta agonia.
Mas, sobretudo, têm uma virtude: não deixam ninguém indiferente!
1 comentário:
OLá Raul!
Tens razão chamam-se mesmo caqui
Há quanto tempo não "ouvia" esta palavra e não deliciava-me com este fruto.
Beatriz Morcego
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