Aproveitou o domingo soalheiro, pegou no seu carro antigo, quase uma relíquia, e foi dar um passeio pela Marginal até Cascais.
A manhã convidava, um vento fresco, com aquele cheiro de maresia a entrar pelas narinas, um sol acolhedor, filtrado por uma ou outra nuvem feita de farripas brancas, e uma temperatura agradável, a fazer esquecer os calores exagerados de um verão que não queria acabar.
Àquela hora, quase sem trânsito, deu para olhar, com mais tempo, o azul do mar que se estendia logo adiante, para seguir o curso do ainda Tejo, triangulado por muitas dezenas de velas brancas, certamente de alguma regata local, e prestar atenção à outra margem, de onde o Cristo Rei parecia lançar um abraço de boas vindas.
A bica foi bebida na esplanada da Boca do Inferno, e o carro, no estacionamento em espinha, despertava curiosidade, obrigava a fotografias de turistas que queriam perpetuar a sua imagem junto a um carro talvez parecido com um dos seus pais ou avós.
A manhã, com o sol a brilhar, desafiou ao prolongar do passeio ao Guincho, a continuar serra acima, até Sintra, e a um retorno a casa, sem problemas.
Ao passar nas curvas da serra de Sintra, imaginou-se aos comandos do Chevrolet de Álvaro de Campos a passear os sonhos, sempre os sonhos, os mesmos sonhos de Gedeão, aqueles que, também, comandam a vida...
2 comentários:
Sempre retemperadora e fantástica, a vista desse mar!!
Belo passeio! Para mim seria perfeito num belo Aston Martin Vanquish V12... Sonhos...
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