Já entrou! Sem dúvida, e a fazer-se notar, como a querer afirmar-se do verão que foi calmoso em demasia, exageradamente quente.
Entrou com pezinhos de lã mas, passado o seu primeiro dia de reinado (hélas) - em ano da comemoração dos 100 anos da República - arrefeceu bem a noite, acordou enevoado e fresco, quase a querer ameaçar chuva.
Tempo das vindimas, das camionetas cheias de cachos de uvas pelas estradas, ou à porta das adegas, das galeras a abarrotar de tomate a caminho das fábricas de concentrado... um mundo rural que fervilha, que teme as chuvas que lhes estragam as uvas, que fazem apodrecer o tomate.
Para o citadino, o tempo do cair da folha, nem sempre é bem festejado porque as mesmas ficam-se pelo chão, pelos passeios e, com a humidade da noite ou com a chuva, tornam-se escorregadias como casca de banana. E as Câmaras nem sempre são lestas na limpeza das ruas...
Mas o Outono não é só isto!
É uma estação linda, pelas cores, pelos matizes, pelos sossegos, pelos silêncios cúmplices, pelo adeus com promessa e certeza de renovação, pelos cogumelos que começam a brotar do chão,
pelas castanhas que se soltam dos ouriços, pelas árvores que se despem e se preparam para o inverno, pelas aves que começam a procurar os abrigos de conforto, pela infinidade de coisas simples, pequenas e quase desapercebidas que acontecem.
pelas castanhas que se soltam dos ouriços, pelas árvores que se despem e se preparam para o inverno, pelas aves que começam a procurar os abrigos de conforto, pela infinidade de coisas simples, pequenas e quase desapercebidas que acontecem.
Se me pedissem para fotografar o Outono era esta a fotografia que apresentava:
Foi tirada no Hotel das Termas do Vidago.
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