Aqui trata-se de tudo: contam-se histórias, fazem-se relatos, expressam-se estados de alma, constroem-se críticas, o que calhar!
domingo, 28 de março de 2010
O REGRESSO
O dia de sol prometia, a brisa suave, mas constante, convidava, o desejo de regressar, de voltar àquele mar, era imenso.
Amarras soltas, defensas arrumadas e a saída da marina com o auxílio do motor.
O mar estava calmo, com uma vaga suave, regular, com cerca de um metro. A vela grande aberta, o motor desligado e a genoa a abrir-se, bem insuflada, e o ir, naquela bolina, quase umas dez milhas para fora da costa.
Foi o regresso, este ano, ao mar, com a promessa de muitas vindas e de muitas viagens.
Mas, mais do que as viagens, as distâncias, ou os portos desejados, é o prazer inebriante que o mar provoca; o estar ali a sentir o vento, a escutar o sulcar das águas, a afinar velas, a puxar cabos, mas, também, a deixar o tempo passar, a ver as aves no seu percurso, na procura do alimento... É o comungar o mar. É o contacto com a natureza.
Cada vez mais esta paixão. A partida e o regresso. E, entre o ir o vir, o Navegar!
Navegar é preciso. Viver não é preciso. E o Pessoa, o poeta sempre, no meio de nós!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Mar
imensidão de probalidades.
Eu diria-navegar sempre, é preciso.
Fico imaginando, a inquietude de Cabral & cia., olhando para a linha do horizonte,imaginando o que se escondia,por detrás daquela tênue linha, monstros, riquezas,poder glória,fama...se calhar esse "mar já foi descoberto, penso que agora,olhamos e imaginamos regressos,despedidas,chegadas e partidas,novos e velhos amores.
Amar também é preciso...
Beatriz Morcego
Enviar um comentário