terça-feira, 16 de março de 2010

AEROPORTO



Local de partidas e de chegadas, de encontros, de matar de saudades, de malas perdidas, de lágrimas de despedidas, de risos de alegrias, de compras, de esperas, de desesperos pelos atrasos, de filas, de quase tudo do tudo.
Agora está mais espaçoso, renovado, mais atraente, também muito mais comercial, com muitas lojas novas e muitos restaurantes, a apelar ao consumo, ao gastar do dinheiro vivo, ao utilizar dos cartões do dinheiro plastificado.
Parece mesmo um Centro Comercial com a diferença que, em vez de se regressar ao parque de estacionamento no fim das compras, se toma o avião. Muito mais fino, mais selecto, mais extravagante. O destino não interessa muito: pode ser para o Porto ou Faro, como para Xangai ou Sidney. Eu fico-me timidamente pela Europa, num voo saltitão entre Lisboa, Paris e Florença.
Vou visitar, outra vez, o "meu" David, a ponte Vecchio, passear pelas ruas estreitas e cheias de História feita de muitas histórias, embrenhar-me novamente no espírito dos Médici, olhar as portas do Baptistério, sentar-me numa esplanada na Piazza dela Signora, percorrer, com calma, as bancas do Mercado da Palha, tentar visitar a galeria dos auto-retratos, aquele túnel imenso, por cima da ponte Vecchio, que liga as Gallerias degli Uffizi ao Palácio Pitti, almoçar uma saborosa Ribollita e, claro, comer o melhor gelado do mundo...
Uns dias de folga, de ausência, de afastamento, que vão fazer bem. Estou certo. A paz agitada desta cidade tranquiliza o espírito, revigora a alma e renova a alegria.

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