quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O NOVO PRINCIPESINHO

Apareceu há pouco tempo nas livrarias.

O desenho da capa é sugestivo: uma paisagem de montanhas cinzentas,  com uma cordilheira ao fundo, a lembrar a Patagónia, uns montes, mais próximos e mais baixos, semeados de flocos brancos a imaginar neve e, como figura principal, de costas, um homem aparentemente jovem, de cabelo louro, calças brancas, casaco azul escuro e um cachecol vermelho a deixar-se ondular nas costas. Mais um pormenor: da cabeça do jovem,  como se fosse uma nuvem de vapor, esvoaça um amontoado de flores e estrelas de tamanhos diferentes e variadas cores.

Ah! e o título do livro: O Regresso do Jovem Príncipe.

O autor, A. G. Roemmers, poeta argentino.



É estreito, tem apenas 126 páginas de letra que facilita a leitura e, no meio do texto, vão aparecendo alguns desenhos coloridos relacionados com o mesmo.


Tudo sugere um novo "Petit Prince" e o autor não nega. Ele foi sempre um apaixonado pela figura criada por Antoine de Saint-Exupéry e "soube sempre conservar a sua alma de criança e quis na sua obra chamar a atenção sobre a poesia do essencial".

É um livro que conta uma viagem deste novo jovem príncipe pelas terras ermas e desoladas da Patagónia e proporciona a um adulto o privilégio de uma conversa com um adolescente desconhecido que ele encontra adormecido na berma de uma estrada. E, essa conversa leva a que o adulto modifique a sua percepção dos outros colocando-lhe importantes perguntas filosóficas de forma compreensível e simples.

Trata-se de uma viagem de iniciação para a juventude, e de um regresso às origens para adultos desorientados.

Como se fora uma cartilha escrita por um homem levado pela ambição de uma grande mudança numa sociedade que renega um sistema educativo capaz de promover uma mensagem de esperança. 

Um livro que devolve aquilo que nunca se deveria ter abandonado: o amor pelo próximo, a fraternidade, a educação, a família, valores que consolidam as sociedades civilizadas e humanas.

Um livro que ilumina o nosso caminho e que nos ajuda a impulsionar a magia do amor, a sua capacidade para tudo mudar.

(Texto baseado no prefácio escrito por Bruno d'Agay, familiar de Antoine de Saint-Exupéry).

2 comentários:

Anónimo disse...

Vou procurar esse livro! Não vou poder perder essa leitura!
Beijos
Berta

Carlota Pires Dacosta disse...

Por vezes as pessoas que encontramos na vida, modificam o nosso ser, a nossa alma, mesmo que inconscientemente.
Todos temos a aprender, seja com quem for, mais velhos, mais novos.

Beijo