Já passou e não se deu por ele.
Pelo menos na cidade grande; nas ruas, nem um mascarado, nem uma serpentina, nem um papelinho, nem uma brincadeira...
A televisão mostrou os carnavais por aí, por Torres, por Loulé e, pelos vistos, também por Viseu; só que, em Viseu, não houve corso, não houve alegria, não houve tolerância, foi um Carnaval semi-privado, organizado pelo primeiro ministro, a cobrar 10 euros de entrada sem direito a recibo, mas com direito a porrada, da boa, e de expulsão, a quem, pacificamente, queria mostrar desagrado por esta situação grave que todos (quase todos!) estamos vivendo. Mas como o homenzinho só gosta de elogios, de palmas e de subserviências, não tolera contrariedades ou apupos e, quando lhe cheira a alguma contestação, foge pela porta das traseiras e depois vem falar para as câmaras da televisão com a arrogância dos fracos, com a mentira costumeira.
Mas em Viseu o que se passou foi um Carnaval de vergonha, um Carnaval de enxovalho, um Carnaval de prepotência, um Carnaval de profunda ironia, um Carnaval de nojo a mostrar quem é aquele fulano.
Agora só espero que o Movimento Geração à Rasca, no próximo dia 12, consiga a força, crie o movimento, alerte a consciência de todos para expulsar os fariseus que nos puseram a todos à rasca, que nos estão a lixar a vida, que nos tramaram e nos vão tramar pelas próximas gerações, que estão a hipotecar o futuro dos nossos filhos, que estão a dar cabo da vida dos nossos idosos, das famílias com fracos recursos...
Nunca passei um Carnaval tão sério, tão apreensivo, tão triste, tão indignado.
2 comentários:
Não é o único!! As dificuldades não páram de aumentar... Tenha cuidado com o que escreve, olhe que a democracia já não existe em Portugal!!
Quem nasceu há muitos anos,e tem termos de comparação, sabe que existe democracia neste país. Não precisa de ter cuidado com o que escreve.Continue,Doutor!!
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