sábado, 5 de março de 2011

A CAMÉLIA

Trouxera a cameleira ainda pequenina, num vaso. Tinha-lhe sido oferecida com a indicação de a plantar num local não muito exposto ao sol, apenas algumas poucas horas por dia, pois não gosta muito de temperaturas elevadas.

Escolheu um lugar onde ficou bem protegida, quer do frio excessivo do inverno, quer dos calores inclementes do verão, e foi crescendo, lentamente, num vagar muito seu, a consolidar o seu crescimento, a encher-se de folhas verdes, brilhantes, durante todo o ano e, cada inverno, a presentear-nos com flores brancas, da alvura da neve.

Nos primeiros anos, apenas apareciam uma ou duas flores, também era um arbusto pequeno, mas agora, que já ganhou mais volume, que já cresceu mais, as flores, de pétalas aveludadas, vão aparecendo em maior número, prolongando-se o florir por mais tempo, embelezando o local-recanto onde está colocada.

(Camélia . Março de 2007)

A camélia lembrou-lhe a letra de uma marchinha-canção brasileira, de 1938, da autoria de Benedito Lacerda e Humberto Porto, muito apropriada a esta época de Carnaval

Oh! Jardineira
Porque estás tão triste?
Mas o que foi que te
aconteceu?

Foi a camélia

Que caiu do galho
Deu dois suspiros
E depois morreu

Vem jardineira

Vem meu amor
Não fique triste
Que este mundo
É todo teu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia
Que morreu



Pode ver-se em vídeo no youtube:

http://www.youtube.com/watch_popup?v=D2qluktV5eA&vq=medium

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