Resolveu não fazer nada nesse dia. Fechou-se em casa e, por ali ficou!
Tinha necessidade de um dia em que não fizesse nada, mesmo nada. Deixou-se ficar pelo sofá, com a televisão ligada, os jornais ali ao lado, a lareira acesa a aquecer e a compor o ambiente, a caneta para as palavras cruzadas e o Sudoku, mais nada!
Aconchegou-se no seu canto, meio enrolado, e foi fazendo "zaping" até encontrar um daqueles programas sobre a natureza e que tanto gosta.
Tinha tido uma semana de muito trabalho, de muito "stress", de muitos problemas profissionais, reuniões decisivas... De tal modo que, do alto dos seus já longos anos de vida, resolveu dedicar um dia a si próprio, sem nada que o incomodasse, um dia em que lhe desse para fazer o que bem lhe apetecesse, poder ir a um cinema ou a um teatro, um dia para ir à praia, agora não, mas no tempo quente, ou, até, ir à Trindade comer aquele bife que tanto gosta: com o molho à café, o ovo a cavalo e as batatas fritas de palitos grossos, estaladiças a fazerem-lhe crescer água na boca.
2 comentários:
Este título lembra-me o tema composto por Ricardo Leão e o belíssimo filme " O Clube dos Poetas Mortos". Bom gosto, como sempre...b
Gosto da sua escrita, pequenas histórias de um dia a dia que todos vivemos e sentimos mas que nem sempre conseguimos transmitir tão bem.
AC
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