Passou um domingo calmo e tranquilo. Saiu cedo de casa e foi passear até ao Castelo.
Dali, do alto daquelas muralhas, via o casario em socalcos, como degraus de uma escada, a chegar ao rio, a chegar ao Cais das Colunas, a molhar os pés no rio grosso e castanho das chuvas e inundações dos últimos dias.
Mas hoje o sol, finalmente, tinha conseguido romper as nuvens e o nevoeiro espesso dos últimos dias.
A cidade, ainda meio adormecida nessa manhã de domingo sereno, mostrava uma mescla de cores e de tons que lhe fazia lembrar uma aguarela de Botelho.
(Lisboa e o Tejo ao domingo - Carlos Botelho)
Ali ao lado, outros passeantes apreciavam aquela paisagem única. Todos levavam as suas máquinas fotográficas, prontas a captarem aquelas imagens deslumbrantes.
E ele que se tinha esquecido da sua!
Fotografou-as na memória e nas recordações desse Domingo Calmo.
Sem comentários:
Enviar um comentário