domingo, 16 de janeiro de 2011

DOMINGO CALMO

Passou um domingo calmo e tranquilo. Saiu cedo de casa e foi passear até ao Castelo.

Dali, do alto daquelas muralhas, via o casario em socalcos, como degraus de uma escada, a chegar ao rio, a chegar ao Cais das Colunas, a molhar os pés no rio grosso e castanho  das chuvas e inundações dos últimos dias.

Mas hoje o sol, finalmente, tinha conseguido romper as nuvens e o nevoeiro espesso dos últimos dias.

A cidade, ainda meio adormecida nessa manhã de domingo sereno, mostrava uma mescla de cores e de tons que lhe fazia lembrar uma aguarela de Botelho. 

 (Lisboa e o Tejo ao domingo - Carlos Botelho)

Ali ao lado, outros passeantes apreciavam aquela paisagem única. Todos levavam as  suas máquinas fotográficas, prontas a captarem aquelas imagens deslumbrantes.

E ele que se tinha esquecido da sua!

Fotografou-as na memória e nas recordações desse Domingo Calmo. 

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