Ao sábado, aqui, é dia de feijoada! Bem caprichada, bem variada, com o feijão, claro, o arroz, porque não há arroz sem feijão nem feijão sem arroz, a couve mineira, a carne seca, a carne de vaca, a carne de porco, os enchidos, o toucinho, mais a farofa, a laranja e muita bebida, muita caipirinha, feita ao momento por um carioca de gema. Estava tudo lá. Até as sobremesas: a mousse de chocolate, o quindim, o pudim de claras. Tudo para comer e chorar por mais... até o cafezinho que veio dar o toque final.
Num ambiente de delícia, numa casa cheia de janelas para deixar entrar a luz e a vista maravilhosa que só o morro, ali, em São Conrado permite descobrir, numa casa cheia de recantos, de escadas estreitas, de corredores, de salas grandes e salas pequenas, todas cheias de luz, cheias de cor, cheias de quadros, com telas com rosas - de tons suaves, pálidos ou intensos quase a virarem vermelhas -,
(Rosa de Pietrina Chelacci - 11 de Junho de 2011) |
com pernas, com corpos, com amebas musicais de um azul da cor do mar,
(Almoço com Amebas Musicais -- Pietrina Chelacci - 11 de Junho de 2011) |
com esculturas de dedos, de pés, de pernas soltas, de pulseiras, de brincos, de tudo, por todo o lado e em qualquer lugar.
É assim a casa de Pietrina Chellacci, uma artista cheia de sensibilidade e de sensualidade naquilo que faz e nos transmite, e que resolveu convidar o Clube da Letra para esta sua casa.
E lá foi, o Clube da Letra, quase todos ali, com uma fome imensa da feijoada e sede da caipirinha.
Desta vez, não houve leituras, mas houve muita conversa, muita troca de dizeres, muita contadoria, muito diálogo, muito riso, muita alegria, muita coisa séria também, muita filosofia e, sobretudo, muita amizade, muita união, muita ligação...
(Clube da Letra - uma parte - 11 de Junho de 2011) |
Era noite escura quando a conversa acabou, mas não se esgotou.
É que era tarde e tínhamos que ir indo, precisávamos ir embora. Até amanhã...
Um até amanhã a lembrar Luíz Gonzaga e o seu Menino de Braçanã.
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