sábado, 2 de abril de 2011

NOSTALGIA

Resolvera, naquela tarde, ir pela estrada nacional número 4.

A estrada que sempre fizera nas suas deslocações semanais. Agora toda arranjada, mais larga, de bom piso, bem sinalizada. Uma boa alternativa à auto-estrada.

O caminho até Pegões, desta vez pela Atalaia,  depois a Marconi com a sua igreja a lembrar as chaminés de "mãos postas" da ilha Terceira, o Bombel e aquela recta longa ladeada de casas, tascas e cafés, e a chegada às Vendas Novas.

Aqui com paragem, obrigatória, no café Boavista, a Casa das Bifanas.




Quase na mesma, como se fora uma paragem no tempo: a mesma sala, o balcão corrido, com a enorme colecção de garrafas miniaturas lá por detrás, o mesmo empregado, careca, mas com mais 30 anos em cima, e as bifanas! O mesmo tipo de pão, aquela carne de porco bem batida, espalmada, a escorrer molho, aquele sabor único, e ainda a mostarda, a cerveja... e, as queijadas de requeijão, uma delícia.

Foi mesmo um regresso ao passado. As primeiras vezes que ali fora com um médico seu amigo, um grande amigo, e depois, quase semanalmente, o passar ali,  manhã cedo, a tomar o pequeno almoço de bifana e bica, ou à noite, a jantar a bifana, a imperial, a queijada e a bica. 

Foram anos seguidos de passagem, de paragem, de guardar sabores, que agora voltou a recordar.

A verdade é que, depois das bifanas e da nostalgia dos sabores, o resto da viagem, já foi feita na velha Dyane, na estrada estreita, cheia de curvas e de lombas, ladeada de mimosas, agora bem amarelas... 

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