Colocou a câmara no parapeito do muro, deu-lhe uma boa pose, o diafragma em meia abertura, para que a luz do fim de tarde ainda lhe desse muita cor, alongou até onde pode a profundidade do campo de visão, e disparou. Quase um longo segundo, quase uma eternidade em termos de disparo.
Mas saiu a fotografia que queria. As cores da Tuscânia, os telhados, a cúpula lá ao longe... e a ponte, com aqueles longos arcos abatidos, de enorme elegância, a espelharem-se nas águas tão lisas e tranquilas do Arno...
Aqui, uma Florença sem estátuas, sem praças monumentais, quase sem gente, quase em silêncio.
Mas uma Florença que também sabe estar a sós, com o seu rio, as suas margens e as suas pontes...
(Florença - 2010) |
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