quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

EU QUERO AMAR, AMAR PERDIDAMENTE!

Faz hoje 80 anos... foi em 8 de Dezembro de 1930...  que a Florbela abandonou a sua tristeza.

Conforme disse: "Esta é a história da minha tristeza. História banal como quase toda a história dos tristes." 

Faz hoje 80 anos... foi no mesmo dia em que nasceu... com 36 anos...  com Veronal... dois frascos... 

Deixou-nos um legado inestimável... de muito amar... de muita paixão... de muito querer e não querer...

Ela que foi fruto de amores proibidos... de amores desencontrados... fruto não desejado... Flor Bela de Alma Conceição, que cantava...

"Eu quero amar, amar perdidamente !
          Amar só por amar: Aqui ... além...
          Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente ...
          Amar ! Amar! E não amar ninguém !"

 E quantas vezes não juntou ao amor o erotismo?
 
     " As tuas mãos tacteiam-me a tremer...
          Meu corpo de âmbar, harmonioso e moço,
          É como um jasmineiro em alvoroço,
          Ébrio de Sol, de aroma, de prazer! "
 ou,
 
   "Beija-me as mãos, Amor, devagarinho...
                  Como se os dois nascêssemos irmãos,
                  Aves, cantando, ao sol, no mesmo ninho...
                  Beija-mas bem!...Que fantasia louca
                  Guardar assim, fechados, nestas mãos,
                  Os beijos que sonhei pra minha boca!..."




A Florbela não morreu... está viva! Como Camões, como Pessoa... como TODOS os grandes... tão grandes... tão grandes... que se tornaram eternos!


1 comentário:

Anónimo disse...

Adoro estes poemas...!
Ditos num 107 qualquer,seria de loucos:)
Beijos