Acho que se vivem momentos de grande contradição.
Por um lado, fala-se imenso da crise, do fim do dinheiro, do FMI que vem aí, do corte nos salários, das pensões de reforma que encolhem, do aumento dos impostos, da subida em flecha do IVA, do aumento dos combustíveis, dos transportes mais caros, das dificuldades, do apertar do cinto, da necessidade de poupar, de guardar dinheiro para os maus tempos que se aproximam...
Por outro lado, os carros têm-se vendido como pão, os centros comerciais estão cheios de gente, as vendas têm crescido, os restaurantes estão cheios, os vinhos vendem-se os mais caros, o champanhe francês escorre, os jogos electrónicos, os telemóveis topo de gama, os computadores, tudo sai, tudo se esgota...
Como vai ser o amanhã? Despreocupado? Constrangido? Desafogado? Sufocado? Satisfeito? Tristonho? Guloso? Famélico?
"Há, na parte mais ocidental da Ibéria, um povo muito estranho que não governa nem se deixa governar" - isto foi escrito no século III AC por um general romano, provavelmente Galba, em carta enviada ao imperador de Roma.
Parece que continua tudo na mesma...
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