Começa hoje. De calendário e de Borda d'Água. Oficialmente!
Mas, na verdade, o que acontece é que o calendário assinala, os astros conjugam-se, o Borda d'Água tem impressa a data, e a Primavera quer lá saber de calendários, da astronomia, de Almanaques, de registos ou de ofícios e apenas vem quando bem lhe apetece, interrompe-se quando muito bem entende, sem ligar ao que o homem julga que determina, ao que os astros "equinociam", ao que os registos anunciam. E tudo por culpa do anti-ciclone, dizem!
Este ano (lectivo, entenda-se) tivemos o Verão esticado até ao fim de Outubro, depois, um arremedo de Inverno sem grandes ousadias e, desde há meses, um tempo seco, com sol de verão e frio de inverno. Uma baralhação! Um descontrolo!
As árvores a florirem precocemente, mas a não terem seiva capaz de originar rebentos fortes e saudáveis, os pólenes arredios, sem insectos para ajudar a polinização, quase incapazes de causarem espirros ou comichões.
Mas data é data e, como nas inaugurações, é preciso assinalar e cortar a fita!
Aqui em Lisboa a Orquestra Sinfónica Portuguesa tocou, em pleno Parque Eduardo VII, a Sagração da Primavera de Igor Stravinsky.
A minha Primavera, aquela de barro, feita pelas manas Flores de Estremoz, resolveu sair do escaparate onde costuma estar e veio, para o meio da sala, festejar o seu dia.
Está no seu direito! E eu festejo com ela!
(Primavera) |
1 comentário:
Que primavera mais linda!!!
Pena as minhas alergias, eheh.
Beijinho
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