São seres únicos e raros porque só existem, com o valor que lhes é atribuído, na raça humana.
Nunca vi o frango neto de uma galinha ser apaparicado pela avó ou pelo avô galo, nem uma cadela avó a tomar conta dos cachorros enquanto a mãe ou o pai cão ficam de guarda ao portão da quinta, nem um cavalo-avô a tomar conta do potro-neto irrequieto.
Não sei se em comunidades mais fechadas e com grande sentido de agregado familiar, como a dos leões e dos primatas, não haverá um estatuto parecido.
Parece-me que, no meio dos seres vivos, só mesmo os Homens é que sabem ser avós e assumem esse papel.
É que ser avó ou avô é melhor que ser mãe ou ser pai.
É como uma herança que se recebe sem se ter feito nada por isso. O neto é um ser que nos surge nos braços sem trabalho, sem dores, sem compromissos. É um ser que se ama com extravagância e luxo, como um amor novo, profundo e feliz que apenas nos traz enlevos e doçura.
O avô não ralha, leva a passear, dá presentes, deixa lambuzar, não pretende educar, é confidente, pega no colo, empurra no balouço...
Ser avô, ou avó, é um privilégio exclusivo do ser humano.
Ser avô faz a diferença!
1 comentário:
assino por baixo! ser avó foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos anos de uma existência tramada!
Beijos e boa semana
Berta
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