quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

MONSIEUR POIROT

Delicio-me a ver a série!

Há já bastantes anos que li a colecção toda dos livros de Agatha Christie. Dos que mais gostei foram os da saga do Hércule Poirot. Aquela meticulosidade, aquela metodologia de pensamento, aquela maneira como punha em acção e estimulava as células cinzentas, a discrição dos gestos, o pentear do bigode, as luvas e o chapéu, o lenço imaculadamente branco, as mortes sucessivas, a dedução para chegar ao criminoso, a forma inesperada como tudo acabava...

(Murder on Orient Express)
Deram várias séries na televisão, mas a que mais me marcou e a que mais gosto é a que vai passando às quintas-feiras na RTP Memória. Uma série, diria, de luxo, com excelentes actores, os melhores cenários e adereços, os carros da época, os comboios a vapor, e o actor principal (David Suchet) a corresponder, na perfeição, à descrição da autora: o bigode fino e pontudo, a careca e o cabelo com brilhantina, os gestos, a expressão das palavras, os francesismos com "accent" belga, a música...

Deixo-me ficar pregado diante do écran, a recordar o livro e a deliciar-me com a interpretação e a envolvência... e a lembrar-me do meu Professor de Química Fisiológica - o Professor Gomes da Costa -  que, quando citava alguém ou alguma coisa de quem ou que não gostava, se limitava a dizer: "Já estou como os franceses quando falam belga: CHOSES!"

 

2 comentários:

Carlota Pires Dacosta disse...

E o que essas séries nos faziam sonhar. E ainda hoje fazem, eheh.
Beijo

Anónimo disse...

Embora não goste muito de policiais, concordo que o Poirot é brilhante. E, senhor doutor, não diga mal dos belgas, eu adoro-os! Já fui MUITO feliz na Bélgica.
Beijos
Berta