Acabou a manhã mais cedo do que esperava e aproveitou aquela hora que lhe sobrava para não fazer nada! Tinha sido uma manhã de reuniões, de apresentação de projectos, de troca de ideias e aquela hora extra, caída do céu, ia-lhe saber que nem ginjas!
O dia soalheiro convidava a aproveitar o calor dum inverno de sol sem nuvens, dum inverno seco, e quase trágico para a agricultura, dum Janeiro serenamente agradável para quem vive na cidade! Levou o jornal que não tinha tido tempo de ler, escolheu um dos bancos vazios e virados para o sol, que pareciam estar à sua espera, e sentou-se.
E ali ficou, a sentir o calor de inverno a aquecer-lhe o corpo, a olhar passantes apressados, a pensar a vida, a sonhar o amanhã... Quando acordou do sonho, quando olhou o relógio, a hora já tinha passado há muito e não teve outro remédio senão regressar à vida!
O jornal, cheio de notícias não lidas, ficou dobrado e esquecido no banco que o acolhera e aquecera naquela manhã de inverno soalheiro.
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2 comentários:
Por vezes sabem tão bem momentos assim, sem nada fazer.
As notícias só iriam estragar a magia do momento único, naquele dia de sol de inverno
Beijo
A Carlota tem razão, é bom ter horas de sonho, de nada fazer. Eu ando a precisar de horas dessas, desesperadamente!
Beijos
Berta
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