terça-feira, 11 de outubro de 2011

PERDIDO

Saiu da auto-estrada e quase entrou num deserto. Uma estrada escura e estreita, sem sinalização, sem placas indicadoras, sem ninguém a quem perguntar por onde deveria ir.

Deu voltas, mais voltas, deve ter passado umas duas vezes pelo mesmo sítio, entrou por caminhos sem saída, teve de fazer marcha atrás outras tantas vezes, foi atrás de luzes amarelas a imaginar que ali era o local, mas nada!

Quase desesperado, a querer desistir, mas a não saber por onde ir, por onde voltar. O pinhal cerrado, as casas de luzes apagadas, as ruas vazias, um lampião de estrada quase de cem em cem metros, mais parecendo a luz mortiça de uma vela, até que lhe surgiu diante dos olhos uma placa, escura como a noite, de letras quase apagadas, com uma seta a indicar alguma coisa.

E lá foi, quase por instinto, na direcção e sentido indicados pela seta,  naquela estrada escura e estreita, com a esperança debilitada, até chegar a um local que lhe parecia o do destino.

Quase lhe apeteceu gritar: Bingo! O destino, o instinto, o acaso, um deles ou todos juntos levaram-no ao local certo. 

O ambiente tranquilo e convidativo da sala pacificaram-lhe os temores de há pouco.


Enquanto esperava que o viessem chamar resolveu sentar-se num daqueles sofás apetecíveis de sentar e relaxar um pouco e, esgotado, deixou-se adormecer.


2 comentários:

Anónimo disse...

Não me diga que não tem um Tomton!!! São fantásticos, compre um.
Beijos
Berta

Anónimo disse...

Por vezes,sabe tão bem,ficarmos perdidos,num sofá dum sítio qualquer,numa boa conversa sem pressas,ou mesmo uma soneca para carregar as baterias...!
Saudades.
Beijos