sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

CORES

Descobriu-a num canto do quintal. Num lugar soalheiro, num canto que lhe serve de prenúncio da primavera. Vai lá, todos os anos por esta altura, espreitar, para saber se já há flores ali.

Este ano o brinde saiu mais cedo, ou melhor, os brindes, porque eram dois: é que o recanto, para além do verde viçoso das ervas e das folhas das plantas rasteiras, estava cheio de florinhas azuis e tinha também uma outra flor, uma só, bem maior que as azuis, bem mais alta e  bem amarela. Como se fora filha única no meio do verde e do azul das florinhas rasteiras.

         (Alentejo - Fevereiro 2011)

Lembrou-lhe um sol a iluminar o recanto, um sol amarelo que, ao misturar-se com o azul das flores pequeninas, espalhava o verde pela erva e pelas folhas do recanto. 

Recordou-se, naquele momento, do que aprendera na escola: que a mistura do azul e do amarelo dava verde... e era agora a natureza a dar-lhe um exemplo prático da teoria que lhe ensinaram em jovem.

Claro que o Sol, o verdadeiro, estava bem lá por cima a permitir este colorido de imagem!

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bonita a foto e o texto a colorir a vida e o pensamento.

AC

Anónimo disse...

Azul e amarelo, as cores da minha Terra.É lá que tenho as minhas raízes, no Alentejo.