Não é muito grande mas está lá, bem no alto, a dominar, a olhar a serra a norte e o rio ali em baixo e a guarnecer a linha do Tejo.
Foi construído no reinado de D. Sancho I, sob a orientação da Ordem dos Hospitalários, a quem o rei doou a região, no ano de 1194, para conter as forças Almóadas, sob o comando do califa Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur. Estava-se na época da reconquista cristã da península Ibérica.
(Castelo de Belver - 13-02-2009) |
Teve papel importante na defesa das invasões castelhanas, assim como na restauração da Independência. Sofreu alguns revezes em batalhas e cercos, e os terramotos de 1755 e de 1909 causaram-lhe importantes danos.
Era neste Castelo que, no reinado de D. Sancho II de Portugal (1223 - 1248), se guardavam os dinheiros do tesouro real; foi neste castelo que viveu, no Século XVI, a Princesa Santa Joana; e aqui esteve encarcerado, em 1553, o nosso maior poeta Luís Vaz de Camões.
Desde Julho de 1910 que é considerado monumento nacional. Ao longo dos últimos anos tem sido beneficiado de importantes melhoramentos estando, actualmente, em excelentes condições.
No seu interior tem uma capela, de S. Brás, com um altar-mor em talha e uma série de bustos-relicários com relíquias oriundas da Palestina.
Aquele espaço é, agora, aproveitado para a realização de diversos eventos culturais.
Ali ao lado, na Ortiga, junto à barragem de Belver, a Lena continua a servir a melhor lampreia da região. A de hoje estava cheia de ovas, saborosíssima, de comer e chorar por mais...
É que a lampreia da Lena não enche apenas o estômago, é sempre motivo para alimentar, também, a nossa cultura (gastronómica, claro!).
1 comentário:
Uma agradável lição de história.Apetece uma visita.
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