Meio desconjuntado, de tampa aberta, a mostrar algumas teclas soltas, de um marfim já muito amarelado e sujo, ali estava, abandonado.
(Do Google Images) |
Tentou dedilhar um lamiré mas só lhe saiu, no lugar do Ré, um Fá, sustenido, que mais lhe pareceu um lamento, um gemido, um som de agonia, um desalento, um fim de vida...
Não lhe restava outra atitude que baixar, com respeito, e alguma dificuldade!, a tampa do velho piano, resguardando, de olhares curiosos e de mãos inábeis, aquele teclado agora inútil e meio desdentado.
2 comentários:
A morte. Até a das "coisas" dói.
Beijos
Berta
Como o piano, há situações "estragadas" na nossa vida que mais vale nem lhes tocarmos.
Beijo
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