Chegou pelo fim da tarde. Tinha ficado ancorado uns dois ou três dias à espera da maré boa para entrar na barra, da calma dos ventos, da boa hora da praia-mar...
A demora tinha-se prolongado, parecia não terminar, mas, finalmente, tudo se conjugou, a maré ficou de feição, o vento agradou-se, a ondulação amenizou e o barco fez-se à barra, aproximou-se do enfiamento dos faróis, acompanhou as boias de sinalização, prestou atenção aos fundos, procurou o melhor local, o mais abrigado possível, largou ferro e sinalizou a posição.
O sol começava agora a baixar, a tarde a dizer adeus ao dia e a saudar a noite, desta vez alumiada por uma lua em quarto-minguante, as águas rapidamente a amansarem, como que a quererem adormecer, cansadas da agitação dos últimos dias, as aves marinhas a pousarem na tranquila mansidão daquele fim de tarde...
Foi a terra, à "sua" ilha, sentou-se na esplanada do Ramiro fatigado do dia de navegação e deixou que aquele fim de tarde lhe devolvesse a paz que tanto precisava naquele momento.
(Ilha da Culatra - 20 de Julho de 2011) |
1 comentário:
Que PAZ!!
Beijos
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