Costumava andar por ali.
Quantas vezes não foi avistado no alto de um poste de electricidade, ou poisado no cimo de uma árvore mais alta que as outras ou, então, a voar em círculos largos, lentos, quase sem bater as asas.
Deixou de aparecer não há muito tempo, talvez uns seis meses, no máximo. Provavelmente deve ter arranjado companhia, pois nunca se lhe conheceu par. Certamente por falha de quem não está suficientemente atento, ou não passa por aqueles sítios nas melhores horas.
Mas deu para fazer, numa folha de papel branco, um desenho, meio retrato mental e meio fotográfico, deixando, assim, que o traço do carvão perpetuasse a imagem e a lembrança deste solitário das alturas.
2 comentários:
Li a de hoje, vi seu lindo desenho, enfim, vou ficar leitora assídua,os temas são interessante- já vi os títulos- e a de hoje é primorosa.
Vera Menna Barreto
O bicho tem expressão. Parece agressivo!
Parabéns!
VB
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