sábado, 22 de dezembro de 2012

AFINAL O MUNDO NÃO ACABOU


Na verdade o mundo não acabou... Melhor, acabou para alguns... É tudo uma questão de se consultarem as listas dos obituários, para quantificar o número das pessoas que garantiram a veracidade da profecia e, porque não a quiseram deixar ficar mal, morreram neste dia 21/12/2012.

Falou-se em conjugação dos astros, em explosões solares, em choques titãs entre estrelas, em desalinhamento dos eixos magnéticos, em mil e uma coisas capazes de originarem o fim, como se o fim do mundo também tivesse consultado o calendário dos Maias e se quisesse cumprir nesse rigor da data marcada.

E, agora que já passou a meia noite, que na Austrália e Nova Zelândia já é quase meio-dia do "day after", a vida, por aqui, continua mansa com chuva no Norte, nevoeiro no Centro e, no Algarve, com pontas de sol, ou de lua, conforme a hora... e a TAP que, afinal, não foi vendida ao polaco-colombiano-brasileiro Efromovich.

Soube-se pela televisão que, pelo menos em França, um Município se preparou para contrariar esse desígnio astronómico e tivesse criado abrigos e outros refúgios para escapar e resistir à fatalidade.

Outros, anteciparam o cenário de morte,  imaginaram as mais diversas hipóteses, fizeram até  "croquis" e descrições de como tudo ia terminar, tudo calculado e explicado de uma forma astronomicamente rigorosa.

Até houve quem, de forma mais prosaica, tivesse, mesmo, fotografado a lua a escorregar do céu, onde se encontrava, a vir por aí abaixo, até furar esta Terra-planeta deixando, atrás de si, um rasto luminoso como se fosse uma cauda de cometa...

(DO AUTOR - EM FLAGRANTE)
...ou não seria, esta, a fotografia de Os Azeitonas, apanhados em flagrante, no momento em que roubavam a lua?

"...
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à lua
Nem que eu roube a lua
Só para ti
..."

E, como não levaram a moça à lua, pura e simplesmente, roubaram-na! Pelos vistos, não foram presos nem houve nenhum fim do mundo, por isso!  






4 comentários:

Anónimo disse...

Tem toda a razão... o ser humano em determinados momentos, principalmente quando estes dizem respeito à tomada de consciência da sua finitude, tem tendência a agarrar-se a algo ou então a cometer actos, por vezes, completamente loucos... os mitos, as crendices, o próprio senso comum levam a que multidões adiram a fenómenos ou ocorrências perfeitamente normais, tomando-os como verdades inquestionáveis...

Luísa Romão

celeste ceboleiro disse...

e confundir a finitude humana com a infinitude universal.è um problema de transcendência, e de angústia.

Anónimo disse...

Excelente!!!!

Henriqueta Martins

Anónimo disse...

Gosto muito!
Maria De Lourdes Silva