sexta-feira, 8 de novembro de 2013

LAREIRA


Juntou os cavacos de lenha, às pinhas secas que guardara do Verão, colocou por baixo uns jornais antigos e chegou-lhes o lume...

A chama veio rápida e forte mas, ao fim de pouco tempo esmoreceu e lá teve que se ajoelhar e começar a soprar no fogo que se queria ir embora... e, à medida que soprava o lume foi-se, de novo, avivando e, assim que as pinhas começaram a arder, a lareira começou a ganhar nova vida... Só a madeira crepitava e gemia, como que incomodada por aquele fogo que a consumia... 

A pouco e pouco, as brasas iam aparecendo, o borralho formava-se no chão da lareira e o calor foi temperando a sala de calor e de aromas... 

E, enquanto lá fora, a chuva mole preenchia o fim do dia... o fogo da lareira enchia a casa de calor e de magia...  


(DO AUTOR - A LAREIRA)

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