A finalidade é entrar por um lado e sair pelo outro...
Há labirintos fáceis, com meia dúzia de obstáculos e nos quais a saída se encontra rapidamente...
Outros há que são mais complicados, em que o caminho é feito de muros altos, que não permitem outras perspectivas de visão, cheios de obstáculos intransigentes, de dificuldades imensas...
E, depois de entrar, não há outro remédio senão o de encontrar uma saída. A dificuldade começa quando, ao entrar, nos são oferecidos vários caminhos e sabemos que apenas um é o correcto. Qual?
Há quem desista de tanto andar para trás e para diante, de repetir caminhos e voltar a esbarrar nas mesmas paredes...
Há quem se perca e não consiga encontrar, mesmo, o caminho de volta. Ficam por ali, perdidos, ansiosos, desesperados...
Há quem persista, quem se esforce, quem se determine e consiga encontrar a saída...
Parece que, desta vez, entrámos num labirinto dos mais complicados... de início confiantes, não há dúvida, cheios da esperança que, rapidamente, encontraríamos a solução mas a realidade vai-nos mostrando, cada vez mais, becos sem saída, voltas atrás, caminhos errados, estratégias desencontradas, esperanças inconsistentes... e o labirinto em que nos meteram está a transformar-se num túnel escuro, sem luz no fundo e que, parece, nos vai levando, de forma desastrada, para um buraco do qual não nos vamos safar nos anos mais próximos...
(DO AUTOR - UM LABIRINTO, ALGURES, POR ESSA EUROPA) |
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1 comentário:
A própria, vida às vezes, é um labirinto bem intricado!!!
Luísa Romão
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