"... Olhar demoradamente o lago meio sujo, meio abandonado. Os peixes vermelhos nadando tão livres. Os irerês coçando as penas enfiando as cabeças entre as asas. Encerando depois as peninhas coloridas com paciência, uma por uma.
Levantar a vista para as árvores e desejar ser um esquilo para poder se colocar bem junto dos pombos e conversar com eles. Bonito, quando os homens e as crianças jogavam miolos de pão ou grãos de pipocas.
Entretanto, o que podia existir de mais bonito na praça do que as crianças brincando no parque? Nada. Todas elas vestindo infância. Num alarido de pássaros sem gaiola. Jogando bolas, correndo..."
José Mauro de Vasconcelos, in excerto de " O Palácio Japonês"
(DO AUTOR - ESQUILO SUBINDO NA ÁRVORE) |
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