"Como uma flor incerta entre os teus dedos
Há harmonia de um bailar sem fim,
E tens o silêncio indizível dum jardim
Invadido de luar e de segredos.
Nas tuas mãos trazias o meu mundo
Para mim teus gestos escorriam
Estrelas infinitas, mar sem fundo
E nos teus olhos os mitos principiam.
Em ti eu conheci jardins distantes
E disseste-me a vida dos rochedos
E juntos penetramos nos segredos
Das vozes dos silêncios dos instantes."
Sophia de Mello Breyner Andresen, in Obra Poética - Dia do Mar.
(DO AUTOR - FOTOGRAFIA DE UM MURAL EM ANGRA DO HEROÍSMO - ILHA TERCEIRA - AÇORES) |
.
2 comentários:
Bem haja! Gosto muito deste blog...
Cristina Belo
Poucos esquecerão esta mulher; ela será sempre o mais além, o algo que se acrescenta sempre ao que se viveu, que se sentiu ou que se perscrutou.
António Barroso
Enviar um comentário